Novas vozes, mesmo compromisso: boas-vindas aos novos profissionais Pra Preto Psi

Formação em clínica racializada e saúde emntal da população negra, realizada pelo Pra Preto Psi em setembro de 2025, no Museu do Dinheiro, Salvador/BA
Formação em clínica racializada e saúde emntal da população negra, realizada pelo Pra Preto Psi em setembro de 2025, no Museu do Dinheiro, Salvador/BA

O Pra Preto Psi nasceu em 2021 como uma resposta coletiva à urgência de construir uma psicologia que olhasse para a população negra a partir de suas próprias referências, dores e potências. O projeto surgiu como um elo entre pessoas negras em situação de vulnerabilidade e profissionais da psicologia comprometidos com uma clínica racializada, social e comunitária, fundada no princípio do cuidado coletivo e da equidade no acesso à saúde mental.

Desde então, nos tornamos um coletivo nacional de psicólogas e psicólogos negros, reunindo profissionais de diferentes regiões, formações e trajetórias, que partilham do mesmo propósito: atuar na construção de uma psicologia decolonial e brasileira, enraizada nas experiências do nosso povo e orientada por práticas éticas, críticas e socialmente situadas.

Após o mais recente processo seletivo, o Pra Preto Psi celebra a chegada de novos profissionais que somam suas vozes, saberes e práticas ao nosso movimento. Hoje, somos mais de 230 profissionais comprometidos em fortalecer uma rede de cuidado que reconhece a importância do território, da ancestralidade e da coletividade como fundamentos da saúde mental.

Trabalhamos a partir de uma clínica ampliada, que entende que o sofrimento psíquico não se separa das condições históricas, raciais e sociais que atravessam nossas vidas. Seguir em coletivo é afirmar que o cuidado também é uma forma de resistência e que o futuro da psicologia brasileira se constrói com o povo preto no centro.

Com muita alegria e orgulho, damos as boas-vindas aos novos integrantes desse coletivo comprometido e diverso que é o Pra Preto Psi:

Novos(as) psicólogos(as)

  • Vivian Trajano Alves — CRP 02/21450
  • Paula Suely Costa Aragão — CRP 03/33288
  • Raylanne Costa Arouche — CRP 22/06025
  • Thaynara Deoclides Carvalho — CRP 01/24648
  • Gabriela Pereira Bernardo — CRP 08/31037
  • Stephanie Rodrigues de Morais — CRP 05/68706
  • Dandara Teles de Oliveira D’Eça — CRP 19/5788
  • Tainá Valente Amaro — CRP 07/33636
  • Maéve Pâmela Souza Silva — CRP 03/31504
  • Aldemar Ferreira da Costa — CRP 11/17007
  • Luciene Pereira José Costa — CRP 06/215056
  • Thaís Lima Souza — CRP 06/181451
  • Thamiris Carlos de Souza — CRP 05/67812
  • Hellen Christina Paulino Cavalcante Leite — CRP 02/16470
  • Antonio Gabriel de Sá Santos — CRP 04/81075
  • Débora Sousa Martins — CRP 03/19057
  • Lísia Maria Gama Lima — CRP 03/33158
  • Marisa Ribeiro Silva — CRP 16/10137
  • Barbara Soares Braga — CRP 04/66559
  • Ingrid Fabiane Gonçalves Martins — CRP 10/05557
  • Larissa Leite Batista — CRP 19/2928
  • Geovani Cardoso dos Santos — CRP 02/19620
  • Gilmara Coutinho — CRP 16981
  • Ryanne Wenecha da Silva Gomes — CRP 21/05354
  • Suseth de Andrade Ribeiro — CRP 06/121050
  • Ana Luísa Belisário Leite — CRP 06/211282
  • Gerson Ramos Brandão — CRP 05/73886
  • Aparecida Moreira Silva — CRP 03/31710
  • Taina Silva Santos — CRP 06/184828
  • Nayara da Paz Santos — CRP 06/221582
  • Camille de Carvalho Souza — CRP 03/26370
  • Karolina Vieira Chendi — CRP 05/74174
  • Carolina de Castro — CRP 21/05435
  • Antonia Lays Silva de Oliveira Rodrigues — CRP 03/30912
  • Renata dos Santos da Costa — CRP 12/23048
  • João Paulo dos Santos Cardim — CRP 03/33299
  • Junia de Fátima Paixão — CRP 04/39426
  • Fabiana Andressa Rodrigues da Silva — CRP 07/26213
  • Íris Duque Brito — CRP 06/164269
  • Luciana Lima Dias — CRP 19/002934
  • Lucas Xavier Silva — CRP 16/7466
  • Maria Luiza Cysne de Sousa — CRP 03/31728

Sobre o Processo Seletivo:

O processo seletivo para integrar o coletivo Pra Preto Psi acontece em duas etapas. A primeira consiste no preenchimento de um formulário com perguntas objetivas sobre prática clínica racializada, permitindo que a coordenação conheça o percurso ético e técnico de cada candidato(a). A segunda etapa é uma entrevista individual com a coordenação, na qual são avaliadas habilidades e competências no setting terapêutico, bem como a aderência à proposta político-clínica do coletivo.

A participação é exclusiva para profissionais da psicologia com CRP ativo, e o processo é realizado duas vezes por ano, normalmente nos meses de março e agosto, com inscrições disponíveis no site oficial do projeto.

Para participar, é necessário que o(a) profissional atue a partir de uma clínica comprometida com a perspectiva racializada, reconhecendo as implicações éticas, técnicas e políticas dessa escuta, que se fundamenta na compreensão das relações raciais como estruturantes da subjetividade e das condições de sofrimento psíquico no Brasil.

⚖️ Critérios de seleção

Os(as) profissionais são avaliados(as) com base nos seguintes critérios:

a) Capacidade de questionar a noção de escuta neutra na psicologia;
b) Postura crítica diante da epistemologia hegemônica da área;
c) Comprometimento com uma clínica ampliada, que compreende o sujeito de forma biopsicossocial e integral;
d) Conhecimento sobre processos de racialização e categorização racial;
e) Experiência com o Sistema Único de Saúde (SUS) e defesa de seus princípios;
f) Compreensão da raça como elemento estruturante das subjetividades;
g) Conhecimento técnico no manejo clínico e nos efeitos psicossociais do racismo;
h) Participação em processos de formação continuada e supervisão clínica qualificada.

Esses critérios garantem que o coletivo siga reunindo profissionais alinhados à sua missão de democratizar o acesso à psicoterapia racializada, fortalecendo práticas éticas e transformadoras que contribuam para uma psicologia socialmente comprometida com o povo negro.